Encerrou hoje (6) o 16º Curso de Formação Inicial promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). A cerimônia de formatura dos 57 alunos foi conduzida pelo ministro João Oreste Dalazen, diretor da Escola.
Ladeado pela vice-diretora da Enamat, ministra Kátia Magalhães Arruda, e pelo assessor da Direção, juiz Marcos Neves Fava, o diretor parabenizou os novos magistrados pela conclusão do curso, e destacou alguns pontos a serem observados pelos novos juízes: atenção especial ao processo na fase de execução, para que a prestação jurisdicional se dê de forma eficaz, e o preparo permanente e multidisciplinar dos magistrados por meio dos cursos oferecidos nas escolas regionais e na Enamat.
Em seu discurso o ministro destacou, ainda, a necessidade de interação contínua e aprofundada do juiz com a sociedade. Segundo ele, a antiga figura do juiz enclausurado, isolado do convívio social, não está de acordo com o que se espera do juiz do século XXI.
Orador – Em nome dos alunos discursou, na qualidade de orador, o juiz substituto Frederico Monacci Cerutti. Ele enfatizou a importância da convivência enriquecedora com juízes de diversas regiões do País e assinalou as principais lições aprendidas durante o Curso: “Aprendemos que temos que atuar com humildade. Todos os dias precisamos fazer exercícios de empatia ao nos colocarmos na posição dos jurisdicionados. Fomos lembrados que o direito é ciência, mas que devemos falar a mesma língua dos destinatários de nossas decisões”.
Quanto à condução do processo, o orador assinalou: “Aprendemos que a decisão tem consequências práticas e nelas devemos pensar e ponderar; que os advogados e membros do ministério público são essenciais e cooperam conosco na realização de uma justiça célere, econômica e justa; que os processos não são nossos inimigos, mas ferramentas de nosso trabalho e instrumento para alcançar o bem da vida disputado. Por todas essas razões, devemos honrar e dignificar o cargo que conquistamos. Devemos defender, sem esmorecer, a dignidade humana – matriz axiológica de todos os direitos fundamentais”.
O 16º CFI teve início no dia 5 de maio e foi permeado por aulas práticas e teóricas. Participaram dessa edição magistrados de 10 diferentes regiões do País.
Cláudia Valente