• Entrevista:

O dia de hoje (3) no 14º Curso de Formação Inicial (CFI), promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), foi exclusivamente dedicado ao laboratório judicial. O tema “Oficina de decisão processual” foi conduzido pelos magistrados Antonio Umberto de Souza Júnior, do TRT da 10ª Região (DF/TO), e Maria Zuíla Lima Dutra, do TRT da 8ª Região (PA/AP).

Em entrevista ao site da Enamat, eles contam suas experiências como instrutores dos novos magistrados do CFI e falam da importância da prática simulada para os recém-empossados.

entrevista zuila Maria Zuíla Lima Dutra: “A experiência tem sido gratificante, pois apresenta uma oportunidade não só de repartir  experiência, mas também de aprender, porque não existe ensino sem troca de experiência. Pude perceber que esse grupo de novos juízes é vocacionado para a magistratura. Eles são muito interessados, questionam e demonstram boa vontade na discussão dos temas. Os laboratórios judiciais são importantes porque o que se percebe é que a prática, para o início da magistratura, ou para qualquer outra atividade, naturalmente gera dificuldade. O juiz chega aqui cheio de teorias, porque estudou muito para o concurso, mas falta a prática. O que estamos trazendo para esse módulo já é parte dessa prática que eles vão enfrentar no dia-a-dia”.

entrevista  antonio umberto Antonio Umberto de Souza Júnior: “O laboratório judicial é uma oportunidade interessante para a troca de experiências e para descobrir várias coisas. Primeiro, que o Direito é muito rico para se imaginar que só há uma solução para um problema, e fazer as pessoas pensarem nisso e terem abertura para isso é importante. É isso que a gente procura estimular, seja com a nossa participação – uma participação plural, com dois professores com visões diferentes, – e também com a participação nos trabalhos em grupo, que faz com que aflorem as controvérsias e as diferenças de pensamentos entre eles. Em segundo lugar, destaco a tentativa nossa de procurar antecipar a eles a necessidade de enxergar além do processo, pois atrás dos processos há vidas humanas, cujos destinos estão sendo definidos por nós. É muito importante essa visão de consequência, de que tudo o que se faz não é apenas uma expressão daquilo que construímos intelectualmente, ou do que estudamos nos livros, mas é algo que vai ter reflexo na vida prática das pessoas”.

Cláudia Valente