A Gestão de Pessoas em Vara do Trabalho foi o tema da aula de hoje (30), ministrada pela diretora de Recursos Humanos do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), Fernanda Gomes Ferreira, no 14º Curso de Formação Inicial (CFI), promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). O tema é parte do módulo “Administração Judiciária”.

Segundo Fernanda, o tema está relacionado com a qualidade de vida, e é importante em um momento em que o Judiciário passa por transformações. “Quando se imprime uma nova forma de gestão, focada em resultados e em metas, as pessoas acabam assumindo um papel muito importante. Essa visão de gestão de pessoas para os novos magistrados é essencial para que se chegue aos resultados que a Justiça do Trabalho espera”, disse ela.

A professora dá aula sobre gestão de pessoas a novos juízes desde a 9ª versão do CFI. Segundo afirmou, as respostas dos magistrados têm sido positivas. “Eles sentem a importância da exposição quando estão nas Varas, gerenciando os conflitos com os servidores, tendo que administrar expectativas de pessoas totalmente diferentes, tendo que trabalhar com estímulo, motivação, e a satisfação no trabalho”.

Os magistrados, de forma geral, segundo a professora, estão mais preparados para a questão do julgamento, mais focados no processo. Quando passam para uma ação mais administrativa, eles encontram dificuldades, por não possuírem a técnica de gestão. “Esse é um aprendizado mais lento, que vai da experiência, do erro e acerto, e da busca de novos conhecimentos na área de gestão de pessoas”.

Outro aspecto abordado pela diretora de RH foi o papel da liderança. “Quando o juiz passa para uma atividade de gestão, ele tem um papel muito importante, seja pelo exemplo, seja por saber ouvir, ou estar atento às expectativas dos servidores. O juiz deve se preocupar com a qualificação dos servidores, com a distribuição de funções, e deve saber resgatar a motivação de um servidor insatisfeito. Esse papel de liderança é principalmente de comunicação com os servidores, fazendo-os participar das decisões, estimular a pensar diferente. É isso que vai garantir bons resultados para a Instituição. Como costumo dizer em minhas aulas, a comunicação é a tecnologia da liderança”, concluiu.

Durante a aula, os alunos-juízes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e debater ideias. As questões que suscitaram o maior número de perguntas foram relativas à lotação, à movimentação de pessoal e à distribuição de funções.

Cláudia Valente

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