O diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, abriu hoje (5) o Curso Interinstitucional de Formação de Formadores destacando a importância da parceria firmada com a Escola Nacional da Magistratura da França (ENM-França) e o Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ-CJF).
Ele disse que o evento é inédito e ao mesmo tempo desafiador, por reunir duas instituições nacionais e uma estrangeira com o fim específico de formar formadores entre magistrados. Destacou, também, a importância da Enamat como instituição de ensino e frisou a necessidade da capacitação de juízes tanto na formação inicial quanto na continuada.
Além do diretor da Enamat, compuseram a mesa de honra o corregedor-geral da Justiça Federal e diretor do CEJ-CJF, ministro João Otávio de Noronha, e a magistrada de ligação da embaixada da França no Brasil, Carla Deveille-Fontinha. Ambos foram agraciados com a medalha de honra ao mérito pelos relevantes serviços prestados à formação e ao aperfeiçoamento dos magistrados da Justiça Brasileira.
O ministro Noronha elogiou a iniciativa de se somar esforços para o aperfeiçoamento do magistrado brasileiro. Destacou que a Enamat é a mais avançada escola para magistrados no País e que vem sendo modelo para implantação de outras, do mesmo tipo, em outros ramos da Justiça.
Segundo ele, os juízes passam por um concurso rigoroso e chegam preparados para desempenhar seu mister, que é a função julgadora, e as escolas judiciais o preparam para os novos desafios em massa que se apresentam. “O juiz retorna à sala de aula para aprimorar conhecimentos relativos à gestão, relacionamento e deontologia, dentre outros. Enfim, aprende a lidar com um mundo novo e a medir a repercussão de sua decisão, que muitas vezes tem reflexos econômicos, sociais e trabalhistas”.
A magistrada de ligação francesa enfatizou ser uma honra para seu país poder contribuir com sua expertise para o aperfeiçoamento de magistrados no Brasil. “Ficamos honrados em poder contribuir com essa tomada de consciência e mudança de paradigma. A teoria todos tem, mas é necessário aprender a ser magistrado e a aprender a ser formador de magistrado. Por isso esse curso é tão importante”, disse ela.
O curso interinstitucional está sendo realizado nas instalações da Enamat, até o dia 9 de novembro. As aulas são ministradas pelas magistradas francesas Anne-Marie Morice e Catherine Grosjean, coordenadoras regionais de formação da ENM. O evento, com tradução simultânea para o português, tem 24 magistrados participantes.
Cláudia Valente