Em um ambiente descontraído, o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Antonio José de Barros Levenhagen, falou aos 70 alunos-juízes do 12º Curso de Formação Inicial (CFI), promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), sobre o tema: “O juiz e a função corregedora”.
O ministro, durante as duas horas de explanação, discorreu sobre a importância do trabalho de correição e falou das dificuldades enfrentadas no exercício da função. Ele destacou que é necessário desmistificar o papel do corregedor: “A função do corregedor é de colaborar, somar esforços, não de punir”, disse ele.
O corregedor-geral lembrou que o juiz titular deve ser o primeiro corregedor da vara, fiscalizando se os serventuários estão cumprindo com suas obrigações. “Embora essa seja uma função de colaboração, e não meramente punitiva, não significa que devamos ser lenientes com as faltas funcionais graves”, destacou o ministro.
Aos 32 anos de magistratura, com muita experiência a compartilhar, o ministro Levenhagen contou algumas passagens de sua vida profissional e assinalou o quão gratificante é o papel de juiz, lembrando, no entanto, que ao decidir, sempre alguém ficará insatisfeito. “Mas o bom mesmo é poder chegar até aqui, com a consciência do dever cumprido, e poder dizer: combati o bom combate”, finalizou.
Cláudia Valente/ Camila Pacheco