No segundo e último dia da primeira fase do 2º Curso de Formação de Formadores (CFF) em Educação a Distância (EAD), realizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), os alunos dão suas opiniões sobre o aprendizado e falam de suas expectativas.

Carolina de Souza Lacerda Aires França (juíza substituta na 11ª Região – AM/RR)

“A educação a distância é um meio atual, recente e inovador de transmissão e apreensão de conhecimentos, envolvendo ferramentas tecnológicas cada vez mais presentes no nosso cotidiano, que possibilita a flexibilização de horários e do estudo, facilitando para o magistrado atualizar-se sem sair de seu gabinete e de sua dura rotina de trabalho. Minha expectativa em relação ao CFF é das melhores, com vistas a preparar-me para auxiliar, em EAD, a Escola Judiciária do meu Regional.

 A educação a distância é o presente e o futuro na formação de magistrados. O curso capacitar-me-á a atuar como orientadora, motivadora e apoiadora dos demais magistrados do TRT enquanto participantes de cursos de EAD”.

Sérgio Murilo Rodrigues Lemos (desembargador na 9ª Região)

“Eu esperava apenas um treinamento com a ferramenta. Fui surpreendido por uma excelente estrutura do curso, com farto material teórico, tudo muito bem costurado. O EAD é uma ferramenta importante e prática de transmitir conteúdos, permitindo aos magistrados utilizarem o tempo da melhor maneira possível”.

 

 

Otávio Amaral Calvet (juiz titular na 1ª Região – RJ)“Minha expectativa em relação ao curso é que eu consiga as ferramentas necessárias à multiplicação do conhecimento a mim disponibilizado pela Enamat, obtendo uma maior interação entre os magistrados de todo o Brasil, para que atue como um elo entre o conteúdo de cursos a distância e os alunos-juízes.

O curso me fornecerá treinamento não só quanto à tecnologia necessária à atuação na formação de outros magistrados, mas também orientar quanto a melhor forma de difundir conhecimento de forma prática e adequada às necessidades do cargo, para atuação como mediador dos saberes na relação de aprendizagem”. 

Marina de Siqueira Ferreira Zerbinatti (juíza titular na 15ª Região – Campinas/SP)

“Minha expectativa em relação ao Curso de Formação de Formadores em Educação a Distância é poder aprender, além das técnicas para ensinar, propriamente, também as ferramentas tecnológicas disponíveis. Isso porque há cada vez mais demanda de novos cursos a distância.

Acredito que o conteúdo irá ajudar-me a trabalhar em cursos para magistrados, mormente, aqueles mais novos, quanto a assuntos variados, tais como: técnicas para sentença, audiências, conciliação e execução. De outra parte, talvez assuntos mais pontuais, como alguma alteração na legislação e /ou jurisprudências e repercussões.

Finalmente, há questões relacionadas à administração de Vara, relacionadas com advogados e partes e outras matérias diretamente relacionadas ao Direito”.

Maria Cristina Fisch (desembargadora na 2ª Região – SP)

“O Curso de Formação de Formadores é muito importante, pois é um valioso instrumento para o aperfeiçoamento do magistrado. A possibilidade de fazê-lo a distância garante maior alcance aos juízes, que o utiliza na disponibilidade de seu tempo.

O treinamento obtido nesse curso, neste momento, feito de forma presencial, com sua complementação virtual, permitirá a efetivação da formação de outros magistrados, multiplicando as oportunidades de aperfeiçoamento dos operadores do direito e, por consequência, uma melhor prestação jurisdicional”.

Francisco Sérgio Silva Rocha (desembargador na 8ª Região)

“Espero ampliar meus conhecimentos em educação a distância, possibilitando a utilização, de forma intensiva, de ferramentas de difusão de conhecimento.

A ferramenta que possibilita a formação a distância é importante mecanismo de difusão do conhecimento, permitindo ampliar o número de pessoas que participam de um determinado curso. Tal assertiva se reforça na oitava região, onde a grande distância torna desanimadora a atuação presencial e possibilita a participação virtual, menos custosa no ponto de vista financeiro e pessoal do magistrado”. 

  • A opinião dos convidados

Marlúcia Ferraz Moulin (juíza estadual, representando a Escola Nacional de Magistrados)

O curso é bem interessante, com destaque para a palestra ministrada pelo juiz Giovanni Olsson, que foi muito esclarecedora quanto à metodologia de ensino a distância. Chegamos pensando que a EAD seria solução para tudo, mas ele nos mostrou que existem situações próprias para aplicação do método e que é preciso sensatez para decidir.

 Vou começar a trabalhar com EAD com juízes do TJ do Acre. Os ensinamentos adquiridos aqui vão me auxiliar na implantação da interface a ser aplicada lá.

Heloísa Silva Seraphim (servidora da Justiça Federal)

Vou assumir uma seção de EAD no Conselho da Justiça Federal e os ensinamentos adquiridos no curso estão sendo muito válidos. Para quem vai trabalhar com ensino a distância, as noções sobre a definição de papéis – aluno, professor e mediador – são importantes. O curso é muito abrangente, ao abordar o construtivismo e a andragogia, entre outras técnicas de ensino. O tratamento do tema no contexto do Judiciário também foi igualmente importante. A junção da teoria com a prática foi essencial para a aprendizagem.

 

Cláudia Valente
Fotos: Arturo/Enamat