O Curso de Formação Continuada em Teoria Geral do Processo Eletrônico, promovido pela Enamat para magistrados das Escolas Judiciais dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho, foi encerrado no final da tarde de hoje (20), após dois dias de intensas atividades de formação.
DistribuÃdo em módulos, o conteúdo do curso focalizou três temas principais. No primeiro deles, a abordagem incidiu sobre Os desafios do Direito e do Processo na era da sociedade da informação: do papel ao virtual, examinados por meio de debates realizados em uma mesa-redonda ocorrida na tarde de ontem (19), com a participação de especialistas no assunto, que apresentaram pontos especÃficos. Luiz Fernando Martins Castro, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de PolÃtica e Direito da Informática (IBPDI), falou sobre a sociedade da informação e os novos desafios para o Direito e o Processo; AÃrton José Ruschel, Professor e Pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez uma exposição em que salientou o Governo Eletrônico e a qualidade do serviço público da Justiça no meio virtual; e José Carlos de Araújo Almeida Filho, Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico, tratou da questão dos novos conceitos jurÃdico-tecnológicos da Lei n. 11.419/2006 e os principais elementos para uma teoria geral do processo eletrônico.
Hoje (20), o curso transcorreu durante todo o dia com a presença maciça dos participantes, que tiveram a oportunidade de discutir os temas A Justiça do Trabalho e o novo paradigma de prestação jurisdicional, na parte da manhã, e A problematização dos princÃpios processuais no meio eletrônico, no perÃodo da tarde, com a contribuição de magistrados e especialistas que também compuseram mesas-redondas sobre esses temas.
Em relação ao novo paradigma de prestação jurisdicional, três pontos de análise foram levados ao público participante, com discussões capitaneadas por magistrados do trabalho, que apresentaram experiências e conhecimentos sobre o processo eletrônico. O Juiz do Trabalho Rubens Curado Silveira, Secretário-Geral da Presidência do TST, analisou a questão relativa ao processo eletrônico como instrumento de eficiência da administração judiciária, o Desembargador Cláudio Mascarenhas Brandão, do TRT da 5ª Região, trouxe aos cursistas aspectos importantes sobre a transição do processo fÃsico ao virtual na Justiça do Trabalho e o Desembargador Ubiratan Moreira Delgado, do TRT da 13ª Região, centrou sua atenção na nova cultura jurÃdica do processo eletrônico, demonstando o case do TRT a que é vinculado.
Já no tocante ao último tema enfocado – problematização dos princÃpios processuais no meio eletrônico –, foram expositores Alexandre Rodrigues Atheniense, Coordenador de Pós-Graduação em Direito de Informática, da Escola Superior de Advocacia da OAB/SP; Wesley Roberto de Paula, Professor da PUC Minas; e José Eduardo de Resende Chaves Júnior, Juiz do Trabalho Auxiliar da Presidência do CNJ. Os palestrantes falaram, respectivamente, sobre o desafio do acesso à Justiça no processo eletrônico, os limites da publicidade nessa modalidade de processo e os novos princÃpios processuais e suas implicações.
Em todas as mesas-redondas desenvolvidas, os participantes do curso debateram com muito interesse os aspectos trazidos pelos expositores, apresentando questionamentos de natureza teórica e também relacionados às situações de seus tribunais.