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Rogério Tavares, Assessor de Comunicação Social do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais; Renato Parente – Secretário de Comunicação Social da Presidência do TST; e Zileide Silva, Jornalista da TV Globo

 
Na sexta-feira (6), último dia do 3º Curso de Formação Continuada em Administração de Tribunal Regional do Trabalho, foi realizada, durante sete horas, uma mesa-redonda, sobre o tema Comunicação Social, sob a coordenação do Secretário de Comunicação Social da Presidência do TST, Renato Parente, com a participação de jornalistas e gestores da área em tribunais.

Na parte da manhã, foram palestrantes a jornalista Zileide Silva, da TV Globo, que tratou do tema A imagem da instituição perante a sociedade, e o Secretário de Comunicação Social do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, Rogério Tavares, que focalizou a questão da Estrutura da Comunicação.

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Renato Parente, Secretário de Comunicação Social da Presidência do TST; e Zileide Silva, Jornalista da TV Globo

Uma conversa aberta sobre a atividade jornalística – assim foi a palestra de Zileide Silva sobre a imagem da instituição perante a sociedade. Ela comentou reportagens que reforçam a nova imagem do Poder Judiciário na mídia, demonstrando elogios de grandes jornais do país a ações recentes da Justiça.

A jornalista colocou em discussão algumas críticas da população à Justiça, como a lentidão, mas afirmou que, entre os ramos do Poder Judiciário, a Justiça do Trabalho é a que tem a melhor imagem perante a sociedade. “As pessoas falam que a Justiça Trabalhista é a única que funciona no país e está ao lado do trabalhador” – destacou. Os desembargadores presentes opinaram sobre seus comentários com relação às críticas da sociedade ao Poder Judiciário e contaram experiências dos anos de magistratura.

Zileide Silva falou, ainda, sobre as novas mídias. “Estamos aprendendo a lidar com elas e percebemos que é difícil” – afirmou. Mas, segundo ela, é importante que a Justiça divulgue suas ações, não só para mostrar sua atividade, mas também como meio de melhorar a imagem, e lembrou a função da Rádio e TV Justiça. Discutiu também a preocupação com o tempo por parte dos profissionais de imprensa, falando da busca, tanto do jornalista quanto do entrevistado, pela objetividade e discorrendo sobre o apego desses profissionais por detalhes.

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Rogério Tavares, Secretário de Comunicação Social do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais

Após a apresentação de Zileide Silva, o Assessor de Comunicação Social do TRE/MG, Rogério Tavares, tratando sobre a estrutura de comunicação, fez, inicialmente, um histórico sobre o tema e abordou a evolução das assessorias de comunicação, quando salientou que o Poder Judiciário foi o último a se preocupar com a questão da Comunicação, o que ocorreu somente na década de 1980, em razão da demanda social.

Rogério Tavares lembrou que o papel da assessoria de comunicação é intermediar o órgão e a imprensa e que essa função envolve questões de visibilidade e transparência. Ele destacou que no início da estrutura de comunicação do Poder Judiciário o profissional da assessoria era confundido com o jornalista externo à atividade da instituição. “Era um momento de resistência”, como definiu.

Ao final das atividades da manhã, o coordenador da mesa e Secretário de Comunicação Social do TST, Renato Parente, disse que, conforme decidido na última terça-feira, o TST irá cooperar com os Tribunais Regionais para que produzam material para a TV Justiça. Ele destacou que é necessário haver essa colaboração, já que a atividade televisiva demanda a aplicação de elevados recursos financeiros. “A conta é alta e um dia a sociedade pode nos cobrar” – afirmou.

À tarde, os desembargadores participantes do 3º Curso de Administração de TRT assistiram a novas palestras acerca do tema Comunicação Social. Três profissionais realizaram a apresentação: a jornalista do TST, ex-assessora de Comunicação da Empresa Brasileira de Correios (ECT), Cláudia Valente, o jornalista do site Consultor Jurídico Rodrigo Haidar, e a Coordenadora de Rádio e TV do TST, Giovana Cunha.

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Cláudia Valente, jornalista do TST

A jornalista Cláudia Valente falou da importância de o gestor estar preparado para agir em situação de crise. Com vasta experiência no assunto, Cláudia Valente definiu crise como “evento que pode influenciar negativamente na reputação ou credibilidade da empresa ou instituição junto à sociedade”. Explicou que uma crise pode se desenvolver a partir de um fato ou mesmo boato e mostrou exemplos de empresas que sofreram com crises causadas por esses meios.

Ela apresentou, ainda, os diferentes tipos de crise, entre os quais estão os desastres naturais, as falhas de origem criminosa, de natureza econômica e de equipamentos e os desastres industriais. Segundo a jornalista, para lidar com uma crise é necessário que a instituição desenvolva algumas ações importantes, como organizar um comitê de crise e treinar um dos membros para ser porta-voz, em um media-training.

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Giovana Cunha, Coordenadora de Rádio e TV do TST

Giovana Cunha falou sobre os aspectos práticos do relacionamento com a imprensa. Para abordar o tema, a Coordenadora de Rádio e TV do TST fez uma apresentação sobre media-training, mostrando aos desembargadores como expressar uma imagem positiva perante a imprensa, incluindo postura, entonação de voz, vestuário e a forma de se portar em entrevistas.

Em relação à linguagem a ser utilizada, Giovana Cunha destacou a necessidade do bom uso do português, de modo a expressar-se com clareza, para ser bem compreendido. Afirmou que o entrevistado deve enfatizar os tópicos importantes e conduzir as entrevistas por meio da resposta e ressaltou a importância de ler matérias recorrentes na mídia sobre o tema da entrevista e de se inteirar acerca do programa para o qual a entrevista será dada.

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Rodrigo Haidar, jornalista do site Consultor Jurídico

O jornalista Rodrigo Haidar disse que “é importante que os juízes deixem de lado a ideia de que só devem falar nos autos e se relacionem profissionalmente com a imprensa”. Segundo ele, a inauguração do estado democrático de direito trouxe a descoberta de um novo poder, com uma corrida aos tribunais, e o Judiciário passou a exercer o papel de protagonista. “Ele é o Poder que regula o poder dos outros Poderes” – afirmou. Salientou que a imprensa é responsável por explicar as mudanças recentes ao cidadão e que para isso o jornalista precisa entender o conteúdo a ser publicado, sendo necessário que magistrados e jornalistas se conheçam e possam ter uma adequada interação.

Ao tratar do relacionamento entre juízes e jornalistas, ressaltou a necessidade de comunicação clara por parte dos magistrados, alertando que a falta dela pode gerar notícias negativas, e mostrou os benefícios da transparência. Falou sobre o poder das redes sociais, assinalando que são importantes meios de comunicação, não sendo possível ignorá-las na atualidade.

Encerramento do Curso

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Cláudia Valente, jornalista do TST; Renato Parente, Secretário de Comunicação Social da Presidência do TST; Ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, Vice-Diretor da ENAMAT; Giovana Cunha, Coordenadora de Rádio e TV do TST; e Rodrigo Haidar, jornalista do site Consultor Jurídico

Ao final da participação dos palestrantes, o Vice-Diretor da Enamat, Ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, representando o Diretor, Ministro Aloysio Correa da Veiga, fez o encerramento do 3º Curso de Formação Continuada destinado a administradores de Tribunal Regional. Após dizer sobre a importância do curso para os participantes e para o Judiciário trabalhista, o Ministro despediu-se: “Levem aos seus pares e também aos juízes titulares e substitutos nossas homenagens e a certeza de que aqui na Escola labutamos com os olhos voltados para toda a estrutura da Justiça, para contribuir com o seu aperfeiçoamento” – afirmou.

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