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“Protesto, excelência!”. Essa frase, comum em audiências nos foros da Justiça brasileira foi reproduzida várias vezes na tarde do dia 5 de abril no 10º Curso de Formação Inicial. Com a ideia de que audiência se aprende fazendo, os novos juízes do trabalho realizaram audiências simuladas de casos para instrução, ouvindo partes, testemunhas e resolvendo na hora os mais variados problemas e incidentes do processo.

A atividade é um dos módulos da disciplina Laboratório Judicial, que envolve dezenas de horas de exercícios práticos do cotidiano do juiz do trabalho. Nessas oficinas totalmente práticas, com dinâmicas de grupo, simulações e troca de experiências, os alunos-juízes atuam diretamente na condução de audiências, depoimento de testemunhas, exame de documentos, perícias e inspeções judiciais. Também exercitam despachos em petições simuladas e decisões de problemas de execução.

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As dinâmicas foram conduzidas pelos juízes Cilene Ferreira Amaro Santos, do TRT da 10a Região (DF), e Hermann Hackradt, do TRT da 21a Região (RN), que trazem experiências de quase duas décadas como magistrados em varas do trabalho e utilizam técnicas de simulação desenvolvidas na própria Escola para a formação de juízes, e contou com a coordenação do juiz Giovanni Olsson, assessor da direção da ENAMAT. Os professores, além de sua grande experiência e qualificação como formadores, dispõem de diversidade de práticas regionais para compartilhar com os juízes em formação.

Segundo o coordenador da atividade, juiz Giovanni Olsson, todos os casos levados nas oficinas são situações do cotidiano dos foros do Brasil, selecionados para aprimorar a percepção, a sensibilidade e o raciocínio do magistrado para decisões que consigam equilibrar a presteza e a justiça nas situações concretas do foro, principalmente durante as audiências. “Na Justiça do Trabalho, as audiências nas varas do trabalho são intensas e diárias e constituem o importante momento de contato com as partes e de coleta das provas, exigindo análises e decisões imediatas do juiz sobre a condução do processo, sendo o seu aprendizado essencial para a qualidade do trabalho prestado por esse ramo especializado”, afirmou.

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A participação intensa dos novos juízes foi constante nas atividades desenvolvidas, quando todos ocuparam papéis como juiz, advogado, testemunha e parte e analisaram de forma crítica as condutas utilizadas em cada situação e seus resultados.

A formação inicial dos novos juízes com atividades práticas prossegue até o próximo dia 15, quando eles concluem o curso na ENAMAT e passam a ser acompanhados pelas Escolas dos Tribunais Regionais.