Encerrou-se agora há pouco, na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), em Brasília, a etapa presencial do 1º Curso de Formação de Formadores em Ensino à Distância, do qual participaram 56 desembargadores, juízes titulares e juízes substitutos. Eles receberam a primeira parte do treinamento que lhes permitirá atuar como tutores, a partir de junho, no Curso de Administração Judiciária de Varas do Trabalho, totalmente a distância, com o qual a Enamat pretende atingir toda a magistratura trabalhista de primeiro grau.
Nos dois dias da fase presencial, os magistrados foram apresentados às ferramentas e às peculiaridades do ambiente virtual de aprendizagem por técnicos da própria Enamat. Nos próximos 30 dias, o curso prosseguirá por meio da plataforma moodle – a mesma que será utilizada nos demais cursos da Escola.
No encerramento do encontro, o diretor da Enamat, ministro Barros Levenhagen, reafirmou sua expectativa de que a consolidação do ensino a distância sirva como alavanca para a formação e o aperfeiçoamento dos mais de dois mil magistrados do trabalho no País. “A ferramenta é fundamental para que a Enamat cumpra seu papel constitucional”, assinalou. Com um público extenso e espalhado por todo o território nacional, a realização de cursos presenciais se torna custosa e limitada.
Democratização e desmistificação
Os magistrados que participam do curso mostraram-se bastante otimistas com o horizonte aberto pela tecnologia. Para muitos, foi uma oportunidade de desmistificar uma ferramenta até então pouco conhecida. A escolha, pela Enamat, da plataforma moodle – fácil e amigável mesmo para quem tem pouca intimidade com a Internet e as redes sociais – deve, na opinião dos participantes, favorecer bastante a adesão dos juízes aos cursos online.
Além disso, as avaliações destacaram também o caráter democrático do ensino a distância. Em muitas Regiões, as distâncias entre as Varas do Trabalho e a sede das Escolas Regionais são significativas, o que dificulta bastante a presença de juízes nas atividades de formação e aperfeiçoamento. Com os cursos a distância, todos podem participar sem necessidade de deslocamento e, principalmente, sem prejuízo de suas atividades jurisdicionais.
(Carmem Feijó)