O CFC, ofertado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), foi realizado de 7 a 9 de Junho, em Brasília.

Ministro TST Amaury Rodrigues Pinto (centro), desembargadora Maria Cesarineide Lima, presidente do TRT-14 (RO/AC) e o desembargador Paulo Pimenta, do TRT-18 (GO).

Ministro TST Amaury Rodrigues Pinto (centro), desembargadora Maria Cesarineide Lima, presidente do TRT-14 (RO/AC) e o desembargador Paulo Pimenta, do TRT-18 (GO).

Uma mesa redonda de compartilhamento de experiências e boas práticas mediada encerrou o 9º Curso de Formação Continuada em Administração Judiciária de Tribunais Regionais do Trabalho. A formação, ofertada pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), foi realizada de 7 a 9 de Junho, em Brasília.

A mesa redonda foi conduzida pelo ministro do TST Amaury Rodrigues Pinto e contou com a participação da desembargadora Maria Cesarineide Lima, presidente do TRT-14 (RO/AC) e do desembargador Paulo Pimenta, do TRT-18 (GO). De acordo com o ministro do TST, “ter noções técnicas de administração é imprescindível para que a gente possa decidir melhor, conhecer o que estamos fazendo. Estudamos primariamente para julgar, mas também nos vemos administrando, e esse momento é muito importante nessa missão”, afirmou.

A desembargadora Maria Cesarineide, por sua vez, pontuou também sobre a importância do trabalho em equipe de pessoas comprometidas e com capacidade técnica. “Nada se faz sozinho. É preciso ter uma equipe e é preciso ter cuidado na escolha dessa equipe”, completou.

Encerrando o painel, o desembargador Paulo Pimenta do TRT-18, fez comentários e compartilhou as vivências experimentadas acerca da sistemática de previsibilidade na sucessão das gestões, prática adotada pelo Tribunal. Segundo o desembargador, “essa abordagem permite a oportunidade de preparação do gestor pela perspectiva de quando ele será presidente”.

O diretor da Enamat, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, participou do encerramento do curso parabenizando a organização e agradecendo a todas e a todos presentes pelo engajamento durante a capacitação. “A proposta da escola era justamente criar um ambiente de participação de todos em relação à formação continuada, e nessa área específica, tão importante e complexa que é a gestão dos tribunais”, disse. “Na realidade não havia um contato maior daquele que vai ingressar na gestão do tribunal com o sistema de gestão”, finalizou.

Resolução de Disputas

Impulsionados e estimulados pelo pensamento do pintor impressionista holandês Vincent van Gogh, “Eu sonho com meus quadros e depois pinto os meus sonhos”, desembargadoras e desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho também participaram da palestra do “O Exercício de Liderança em Resolução de Disputas”, conduzida pelo juiz estadual André Gomma, do TJBA, pesquisador associado e pós-doutor pela Universidade de Harvard.

O conceito de liderança adaptativa foi apresentado pelo médico húngaro Iganz Semmelweis, atualmente considerado pai da cirurgia moderna. O obstetra apresentou a ideia inovadora com a prática de lavar as mãos entre um atendimento e outro. Durante sua fala, o magistrado apontou que uma visão mais clara de qual o trabalho deve ser desenvolvido, qual autoridade formal e informal se possui e a diferenciação de questões técnicas dos desafios adaptativos são características fundamentais para um líder.

“O agente público à frente de unidades judiciárias têm a possibilidade de, garantido por normativos, experimentar novas formas de prestar um melhor serviço que alcance o jurisdicionado”, afirmou o juiz estadual sobre a motivação e o valor público que se constrói acerca do trabalho desenvolvido no Poder Judiciário. “Somos um órgão de distribuição de sentenças? Sim, e isso é fundamental. Mas há outros valores públicos aos quais precisamos estar atentos: na minha visão, o valor público do sistema de justiça é fazer com que as pessoas se apaixonem por formas criativas e construtivas de resolução de disputas, ao mesmo tempo em que estimulam condutas de valorização do ser humano”, completou.

Auditoria

Na sequência, a palestra “Auditoria dos Tribunais e Controles da Administração Pública” foi conduzida pelo ministro-substituto do TCU André Luis de Carvalho. Abordando funções e atuações do TCU diante dos TRTs e conceitos de Governança Pública e Transformação Digital, o ministro ainda pontuou: “A proximidade entre o TCU e os Tribunais Regionais do Trabalho é fundamental para viabilizarmos soluções administrativas práticas”.

Execução de obras

Os servidores do CSJT Wilson Lima e Sílvio Campos, da Secretaria de de Auditoria e do Núcleo de Governança das Contratações apresentaram a palestra “Planejamento e Execução de Obras, Auditoria Interna da Justiça do Trabalho” com base nas Resoluções CSJT 70, 282 e 311. Diferindo controle interno de auditoria, Rilson Ramos, secretário de Auditoria do CSJT, também apontou boas práticas e normas relacionadas à práticas de auditoria nos tribunais, além de apresentar o Estatuto de Auditoria Interna da Justiça do Trabalho.

Para finalizar, a Resolução CSJT 70/2010 foi apresentada pelo chefe do Núcleo de Governança das Contratações, Silvio Campos, apontando a necessidade de definição de prioridades, controle, padronização de custos, referencial de áreas, conformidade e transparência.

Gestão estratégica

Sobre o papel da Gestão Estratégica no contexto de Governança Pública, e como são compostos os elementos estratégicos da Justiça do Trabalho, a secretária de gestão estratégica do CSJT, Fernanda Gomes Ferreira, que buscou expandir o processo que, por vezes, fica oculto aos executores do plano estratégico.

(JS/AJ)