Ao todo, foram 40 horas do curso teórico e 60 horas do curso prático. A formatura foi realizada na sexta (26/11)
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) promoveu, na tarde da última sexta-feira (26/11), a cerimônia de formatura da primeira turma do Curso de Formação Continuada (CFC) sobre conciliação e mediação para magistrados supervisores e coordenadores de Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc-JT) de 1º e 2º graus – módulo prático. Foram 89 magistrados participantes, que concluíram 40 horas do curso teórico e 60 horas do curso prático.
Abertura
Na abertura do evento, a diretora da Enamat, ministra Dora Maria da Costa, destacou que a formatura é um momento de celebração e coroação do esforço dos participantes. “Não tenho dúvidas que todos estarão muito mais preparados para a função que desempenharão ou que continuarão desempenhando na gestão dos Cejuscs. Tivemos o propósito de oferecer a melhor capacitação prática aos magistrados, proporcionando uma visão dos Cejuscs das cinco macrorregiões do país, algo que somente um curso da Enamat poderia oferecer”, reforçou.
O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho e coordenador da Comissão Nacional de Promoção à Conciliação (Conaproc), ministro Vieira de Mello, explicou que a Enamat é um órgão de inteligência da Justiça do Trabalho, capaz de capitalizar, agregar e unir magistrados de todo o Brasil para trocar experiências e boas práticas, além de incentivar, ensinar e educar. “Esse curso qualifica ainda mais nossos mediadores e conciliadores e aperfeiçoa o nosso sistema. Temos uma capacidade enorme de trabalhar em conjunto e fazer a diferença na vida das pessoas”, concluiu.
Resolução adequada de conflitos
Em pronunciamento em nome dos professores do curso, a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) Maria Inês Corrêa de Cerqueira César destacou que todos, professores e alunos, representam uma magistratura envolvida e competente, que trabalha, estuda e pesquisa, e. ainda assim. busca a humanização e transformação do Judiciário. “Construímos pontes, destruímos muros, afastamos mal entendidos que nos levaram a muitos caminhos não trilhados e à formação de 89 magistrados hoje”, disse. “Todos estão absolutamente habilitados a supervisionar e coordenar o Cejusc”, completou.
A juíza da TRT da 4ª Região (RS) Maria Cristina Perez, em nome dos alunos, destacou que a busca pela composição é um incentivo à paz e que os Cejuscs possuem servidores e juízes que realizaram formação teórica e prática para a resolução adequada de conflitos. “As soluções verdadeiras partem do engajamento dos atores sociais envolvidos na mediação e conciliação. São práticas que dão ênfase à dignidade daquele que domina a própria vida, da pessoa que passa a gerir o seu problema. A marca deste curso é a construção do conjunto de saberes coletivos que teceram uma grande experiência de troca, conhecimentos, boas práticas e acolhimentos”, reforçou.
Certificados
Após a entrega simbólica do certificado à oradora da turma, com envio por e-mail aos demais participantes do curso, o juiz auxiliar da direção da Enamat Platon Teixeira de Azevedo Neto destacou o ineditismo da capacitação. “Partimos praticamente do zero neste curso, com poucos exemplos práticos e de formatos diferentes. Construímos algo novo e único, um modelo que agora passa a ser paradigmático e que se torna um belo exemplo para as futuras turmas”, concluiu.
(Vinícius Cardoso/AJ)