A capacitação para magistrados e supervisores dos Cejusc atende ao eixo “Resolução de conflitos” da tabela de competências da magistratura do Trabalho.
Os juízes do trabalho, que atuam diariamente nos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs), acompanharam nesta quinta-feira (17), as palestras sobre “Estrutura do Código de Ética” e “Gestão e qualidade em processos nos Cejuscs-JT.” A palestra foi conduzida pelo juiz Flávio Luiz da Costa, do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (AL).
As atividades fazem parte da grade curricular do 1º Curso de Conciliação e Mediação para magistrado supervisor e coordenador dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) na Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT). O curso iniciou no dia 7 de junho e termina nesta sexta-feira (18/6).
Formação ética
Acerca dos princípios e as normas de conduta ética que devem ser seguidas pelos mediadores, o juiz Flávio Luiz afirmou que “precisamos construir uma credibilidade pessoal, institucional e processual. E dentro desse pensamento de ética, está positivado uma conduta que o facilitador deve ter”. Segundo o magistrado, é necessário “pensar na formação da ética como uma tarefa inadiável da educação, seja na família ou na escola, em lidar com a formação moral e ética dos cidadãos e com o sentido da vida”.
Interlocução
Ao falar sobre a gestão dos processos nos CEJUSCs, a desembargadora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), chamou a atenção dos magistrados para a atuação que a sociedade espera dos que atuam como coordenadores e supervisores. “Espera-se dos que atuam nos Cejusc que tenham interlocução com todos os donos dos processos. Aos que pretendem trabalhar nos centros, saibam que é extremamente compensador quando se pensa que é possível, pelo nosso trabalho, mudar a vida das pessoas “, disse. “Nos Cejuscs trabalham juízes, conciliadores, pessoal de apoio, mas é também onde estão os nossos clientes que precisam ser respeitados e valorizados pela tramitação rápida e efetiva dos seus processos. Seja obtendo uma conciliação, realizando acordos processuais ou conferindo a eles um encaminhamento mais célere que é a mediação qualificada”, completou.
A juíza Amanda Barbosa, que atua também no TRT 15, trouxe para o debate alguns conceitos da administração, como planejamento, organização e liderança, que podem ser úteis na maximização da gestão e qualidade dos processos nos centros judiciários de mediação.
“Nos conscientizamos que era preciso superar a ideia que o juiz do Trabalho tinha uma vocação natural para mediar e ao aplicarmos as técnicas percebemos que tudo pode ser aperfeiçoado quando há estudo”, disse. “Passamos a compreender que, além de saber como mediar, precisamos saber supervisionar nossas equipes, visando coordenar bem este serviço. Não basta só saber mediar e conciliar, precisamos aprender a gerir essa engrenagem”, concluiu.
(Andreá Magalhães/AJ)