O assunto foi destaque na 6ª Reunião do Comitê Científico de Assessoramento à Pesquisa da Enamat, realizada em Brasília (DF) nesta terça-feira (3)
O Comitê Científico de Assessoramento à Pesquisa da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) debateu as implicações e interpretações dos resultados parciais da pesquisa sobre seleção da magistratura do Trabalho realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O assunto foi destaque na a 6ª Reunião do Comitê, realizada em Brasília (DF) nesta terça-feira (3).
A pesquisa “Seleção e recrutamento de magistrados e acesso à Justiça do Trabalho” buscou descrever o perfil dos candidatos aprovados no Concurso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2017. A partir do levantamento de dados e da composição de diversos indicadores, os pesquisadores buscaram entender em que medida os atributos pessoais de cada aprovado foi responsável pela sua aprovação.
Para o diretor da Enamat, ministro Vieira de Mello Filho, compreender a representação da magistratura do Trabalho é fundamental para dar outros passos em direção a mudanças necessárias. “Identificar as causas de aprovação e o perfil de quem passa e de quem não passa no concurso pode nos ajudar a entender como elaboramos nossa avaliação e qual o tipo de perfil ela seleciona”, afirmou. “Diferentes metodologias de provas podem mobilizar diferentes habilidades, como memória ou raciocínio, e isso pode gerar resultados diferentes na aprovação”.
Justiça do Trabalho no mundo
Na segunda parte da reunião, foi apresentada a metodologia para definir os países que farão parte do componente internacional do projeto “Fortalecimento da Produção e Gestão de Informações relacionadas à Justiça do Trabalho para ampliação e compreensão e aperfeiçoamento do Sistema de Justiça Brasileiro”. A iniciativa de cooperação técnica internacional, firmada entre a Enamat, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), busca desenvolver estudos sobre a Justiça no Brasil à luz da experiência internacional.
Na primeira etapa, serão selecionados cinco países de dimensões socioeconômicas, demográficas e jurídicas próximas às do Brasil para um estudo comparativo de organização das jurisdições trabalhistas. “A ideia é construir um conjunto de estudos de caso em torno do exercício da jurisdição trabalhista dos cinco países selecionados e, a partir disso, comparar com o que ocorre no Brasil, de forma a permitir a construção de benchmarkings internacionais”, informou o coordenador da pesquisa no IPEA, Alexandre dos Santos Cunha.
(VC/CF)