Dados incluíram o Brasil e outros países do mundo
A professora Rebecca Forattini Altino Machado Lemos Igreja, da Universidade de Brasília (UnB), proferiu nesta segunda-feira a “Desigualdades, trabalho e acesso à Justiça: (as) simetrias”. A plateia foi formada por cerca de 50 magistrados do trabalho que participam da a 7ª Reunião do Sistema Integrado de Formação dos Magistrados do Trabalho (SIFMT) da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
A docente fez uma apresentação geral sobre as questões sociais e salariais entre homens e mulheres em países dos continentes americano e europeu para mostrar diferenças e similaridades entre eles. Segundo ela, é clara a existência de “degraus entre os indivíduos”, e a desigualdade não é apenas social: ela pode alcançar outros níveis, como o moral, e gerar situações de humilhação e de constrangimento entre as pessoas em um mesmo espaço físico (cidade ou país).
“Essas questões atingem vários países”, afirmou. “Tivemos contato com dados de países como a Suíça, que tem ótimos índices em várias áreas, mas sofre atualmente com o fluxo migratório e a discriminação contra os imigrantes”.
Exploração global
A professora assinalou também que a realidade atual e o surgimento de novas ferramentas modificaram “de forma trágica” o mercado de trabalho e a vida de alguns setores da sociedade. “Em alguns países, temos o Uber convivendo com o subtrabalho, com o trabalho escravo e com o trabalho infantil. Essas formas de exploração vão se conectando globalmente”, destacou. “Países ricos como os europeus são dependentes da mão de obra barata de países africanos ou asiáticos”.
SIGEP
Os magistrados também discutiram a implantação do Módulo de Escolas no sistema SIGEP com a secretária-geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Márcia Lovane Sott.
A 7ª Reunião do Sistema Integrado de Formação dos Magistrados do Trabalho continua nesta terça-feira (3).
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(Juliane Sacerdote/CF)