Os juízes aprovados no primeiro concurso nacional da Justiça do Trabalho participaram da cerimônia de formatura
Os 70 juízes substitutos do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) receberam nesta sexta-feira (13) o diploma de conclusão do 25º Curso Nacional de Formação Inicial (CNFI) promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
A cerimônia contou com a participação do vice-presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva, do corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa, do diretor da Enamat, ministro Vieira de Mello Filho, do juiz auxiliar da Enamat, Giovanni Olsson, e dos ministros do TST Augusto César e Kátia Arruda.
O ministro Renato de Lacerda Paiva, ao abrir a solenidade de formatura, destacou a excelência do trabalho desenvolvido pela Enamat e afirmou que o novo formato da grade curricular agregou valores à formação dos novos juízes. “A Justiça do Trabalho está à frente do que melhor se pode oferecer em termos de qualificação”, ressaltou, ao desejar aos novos juízes a plena realização profissional na carreira escolhida.
Realizações
Para o ministro Vieira de Mello Filho, a cerimônia de diplomação é a celebração de duas realizações. A primeira é a iniciação bem-sucedida na carreira, como o primeiro trecho de uma longa jornada. “Assim como ninguém nasce caminhando, ninguém se faz magistrado sozinho. Vocês foram iniciados nos conhecimentos, nas habilidades e nas atitudes que demarcam as competências profissionais do magistrado do trabalho”, assinalou. “Nesses primeiros passos, tiveram o aporte diário da experiência de instrutores, professores e colaboradores, tanto da escola quanto do tribunal, que contribuíram para a formação”.
A segunda realização é a total aprovação do novo modelo do curso de formação inicial. “Além de integrar, de forma dinâmica, teoria e prática nas mais diversas competências profissionais, mudamos o curso para que ele se alinhasse com o perfil do juiz do trabalho que a sociedade brasileira precisa e merece”, explicou.
Ao encerrar, o ministro ressaltou o comprometimento dos alunos para o sucesso obtido. “O aprendizado de vocês não é invisível para Enamat”, lembrou. “Que a carreira lhes proporcione felicidade e realização, pois, apesar das adversidades, temos orgulho de poder servir à cidadania, que precisa de magistrados imparciais, socialmente comprometidos e eticamente orientados”.
Lapidação
O juiz substituto Charles Anderson Rocha Santos, escolhido para falar em nome de todos os formandos, destacou a importância da reformulação da grade curricular e o empenho de todo o corpo docente. Segundo ele, a escola veio lapidar o conhecimento técnico. “Todos os que se dispuseram a compartilhar conosco o conhecimento, as experiências e as vivências nos revelaram o mais nobre dos sentimentos, a sensibilidade”, afirmou. “Lapidaram-nos com as ferramentas da ética, da alteridade, da empatia e ponderação”.
Para ele, a humanização do conhecimento os ensinou a sentir antes de decidir, conciliar antes de julgar”, além de compartilhar as dores alheias. “Nossa finalidade é a transformação social e a entrega de uma jurisdição plena e efetiva”, concluiu.
(AS/CF)