Intenção é ampliar público do levantamento e entender as dificuldades do sexo feminino na carreira judiciária
A Comissão Interinstitucional de Estudos para o Incentivo à Participação Institucional Feminina se reuniu nesta terça-feira (13) para discutir as novas ações da comissão nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). A principal delas é a ampliar a pesquisa estatística sobre as condições de trabalho da mulher no Poder Judiciário para ouvir também as servidoras dos TRTs.
Magistradas
Entre fevereiro e março deste ano, o levantamento realizado entre as juízas de todas as esferas do Judiciário brasileiro revelou que pelo menos 53,2% das magistradas da Justiça do Trabalho em atividade sofreram atitudes discriminatórias no ambiente de trabalho apenas por serem mulheres. Veja a pesquisa completa aqui.
A desembargadora Margareth Rodrigues Costa lembra que essa pesquisa foi pioneira e essencial para traçar as próximas ações. “Nenhum outro ramo da Justiça tinha feito uma pesquisa nesses moldes”, destacou. “Ao mesmo tempo que nos coloca na vanguarda, ela nos preocupa em razão dos números que traz em relação à violência”.
Canais
Outra proposta da comissão é criar canais de denúncia para casos de assédio, abuso e/ou discriminação nos Tribunais Regionais e Varas do Trabalho.
Ampliação
Para acompanhar mais de perto a questão, foi proposta ainda a criação de comitês no âmbito dos TRTs para que as ações planejadas e desenvolvidas em nível nacional possam ser replicadas de forma mais acertada e objetiva.
Capacitação
Para ampliar ainda mais a conscientização sobre a importância da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, cursos sobre o tema serão desenvolvidos e disponibilizados pelas escolas judiciais dos TRTs em breve.
(Juliane Sacerdote/CF)