Juízes aprovados no primeiro Concurso Nacional da Justiça do Trabalho participam de cerimônia de formatura
Os 78 juízes do trabalho substitutos que participaram do 24º Curso Nacional de Formação Inicial promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) receberam a na manhã dessa sexta-feira (24) o diploma de conclusão do curso. A cerimônia de formatura contou com a participação do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Brito Pereira, do diretor da Enamat, ministro Vieira de Mello Filho, e da ministra Kátia Arruda.
O presidente do TST ressaltou o empenho e o interesse demonstrado pelos juízes e afirmou que esse comprometimento vai se refletir no exercício da magistratura. “A experiência vivida durante o curso de formação possibilitou aos novos juízes adquirirem uma maturidade para que, ao regressarem às suas Varas do Trabalho, estejam mais orientados e seguros do seu papel na sociedade”, afirmou.
Realizações
O ministro Vieira de Mello Filho ressaltou que a cerimônia de diplomação era também a celebração de duas realizações. A primeira é a iniciação bem-sucedida na carreira dos novos juízes, fruto de um comprometimento conjunto por parte de todos os envolvidos na realização do curso de formação. “Assim como ninguém nasce caminhando, ninguém se faz magistrado sozinho”, comparou. “Nesses primeiros passos, vocês tiveram o aporte diário da experiência de instrutores, professores e colaboradores da escola e do tribunal, que contribuíram para a formação. A alteridade deve estar sempre presente, dentro e fora da magistratura”.
A segunda realização é a aprovação do atual modelo do curso de formação inicial dos magistrados da Justiça do Trabalho, que inaugura uma nova fase. “Além de integrar, de forma dinâmica, teoria e prática nas mais diversas competências profissionais, esse curso priorizou a inserção do magistrado na sociedade, reforçando os princípios da ética e da alteridade”, destacou.
Ao encerrar, o ministro ressaltou o comprometimento dos alunos para o sucesso obtido. “O aprendizado de vocês não é invisível para Enamat. E. nos anos que virão, esperamos que nenhum trabalhador e nenhum cidadão seja invisível para vocês, magistrados da justiça social”, concluiu.
Juiz Cidadão
O juiz substituto Fábio Luiz Pacheco, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), escolhido para falar em nome de todos os formandos, destacou a importância da reformulação da grade curricular do curso. “Além de um trabalho altamente qualificado do ponto de vista técnico, que inventiva os princípios da celeridade e da eficiência, o curso mais humanizado nos instiga a ter uma participação mais efetiva. Nesse sentido, é imprescindível termos uma estreita relação com as ruas, em vez de nos distanciarmos dela”, afirmou. Para ele, a atuação correta do juiz possibilita uma grande transformação social. “O juiz cidadão tem obrigação de defender os direitos socais, e a Enamat muito nos ajudou a ter essa percepção”.
(AS/CF)