Reunião do SIFMT também tratou da presença da mulher no Judiciário

_O2A7355Cerca de 55 magistrados participaram nesta segunda-feira (25) da 4ª Reunião do Sistema Integrado de Formação de Magistrados do Trabalho (SIFMT) no auditório da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). Os juízes são diretores das 24 escolas judiciais espalhadas pelo país e têm o papel de multiplicar os conhecimentos entre os demais magistrados do trabalho.

Violência

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) Sebastião Geraldo de Oliveira falou sobre a violência no trabalho e também detalhou as formas de assédio moral e os perfis dos chefes que assediam. Para ele, é essencial tratar desses temas. “O programa Trabalho Seguro constatou que nas diversas organizações do Brasil há uma violência crescente de intolerância, de discriminação, de perseguição e de assédio”, afirmou.

Essa violência, segundo o desembargador, se manifesta de muitas maneiras. “É preciso criar consciência para fazer um bom diagnóstico e buscar medidas de enfrentamento para tentar superar o problema, para que tenhamos um ambiente de trabalho seguro”, destacou. Ele lembrou ainda que. Ao colocar a questão em seu plano de ação, as chefias de órgãos públicos ou privados criam um ambiente favorável para cultivar a paz.

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Tema recorrente

Segundo o diretor da Enamat, ministro Vieira de Mello Filho, as reuniões deste ano estarão focadas na questão da violência no ambiente de trabalho por ser um tema bastante recorrente na Justiça do Trabalho. “A Enamat é difusora de questões sensíveis para a magistratura, tanto para a atividade jurisdicional quanto para o próprio funcionamento das nossas unidades”, assinalou. O diretor lembrou ainda que a presença da mulher na magistratura será outro tema recorrente nas reuniões deste ano.

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Mulher

A responsável por abordar a presença feminina na magistratura foi a conselheira Maria Tereza Uille Gomes, do Conselho Nacional de Justiça. Ela destacou que a Justiça do Trabalho é um dos ramos do Poder Judiciário que mais tem mulheres na magistratura, mas ainda é preciso conhecer melhor outras questões para entender os impactos das questões de gênero no trabalho do juiz e na própria Justiça.

A presença da mulher no poder judiciário já vem sendo discutida pela Enamat desde o início de 2019 para cumprir as determinações da Resolução 255 do CNJ.

Outras questões

O novo modelo da formação inicial e continuada dos magistrados do trabalho será abordado na reunião desta terça-feira (26), assim como as questões sobre a educação à distância no segundo dia do evento.

(Juliane Sacerdote/CF)