O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF e Tocantins) abre inscrições para a Mesa-Redonda – Responsabilidade Social no Ambiente de Trabalho: a Inserção da Pessoa com Deficiência. O evento ocorrerá no dia 03 de setembro, às 18h30, na Sala de Sessões Des. Herácito Pena Júnior, Ed. Sede do TRT 10.

Essa mesa-redonda é uma oportunidade para que magistrados, servidores e sociedade se atentem sobre a sua responsabilidade social em relação à pessoa com deficiência no ambiente de trabalho, bem como aprofundem conhecimentos sobre essa temática com foco no julgamento de processos na justiça trabalhista.

Durante o evento, haverá  duas palestras. Uma sobre  “A Diversidade Humana, os Direitos Humanos e o Trabalho”, ministrada pelo desembargador trabalhista da 9a Região, Ricardo Marques da Fonseca, o primeiro magistrado cego do Brasil. Ele falará sobre as maneiras de como promover a correta inclusão da pessoa com deficiência no TRT 10, bem como aplicar os novos conhecimentos em relação ao andamento e julgamento de processos. A outra palestra, “Os Direitos das Pessoas com Deficiência no Brasil nas Áreas Educacional e Trabalhista”,  será dada pela pedagoga e mestranda em educação, Linair Moura Barros Martins. Ela procurará promover uma reflexão sobre as atitudes adequadas para o trato das pessoas com deficiência no âmbito do trabalho, bem como uma interação com essas pessoas, além de aplicar estratégias de inclusão.

Esta ação do TRT 10 atende o previsto em resoluções da gestão atual, bem como do Conselho Nacional de Justiça, que determina ser papel dos órgãos do judiciário promover a cidadania por meio da inclusão social e desenvolvimento e conscientização de direitos, deveres e valores.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até dia 02 de setembro de 2009, no site www.trt10.jus.br/escola_judicial, link “Inscrições Abertas”.

Palestrantes

Profª. Linair Moura Barros Martins

Professora e mestranda em Educação com ênfase na educação de surdos. Ela também tem experiência em colocação e acompanhamento de trabalhadores surdos no mercado de trabalho do Distrito Federal, incluindo órgãos públicos e empresas particulares.

Des. Ricardo Tadeu Marques da Fonseca

Antes de ser desembargador, o magistrado era procurador há 18 anos do Ministério Público do Trabalho no Paraná. E já era o único membro do MP com deficiência visual.

Ele aprendeu a linguagem Braile, mas se utiliza mais da tecnologia e usa programas que lêem os documentos direto do computador.

O desembargador Ricardo Tadeu chegou a ser reprovado em um concurso para juiz, no qual havia passado no exame escrito, com a justificativa de que a Justiça não poderia aceitar uma pessoa cega. “Acabaram me reprovando. O Poder Judiciário não estava pronto para uma pessoa cega naquela ocasião”, diz.

Biografia

Ricardo Tadeu nasceu prematuro, sofreu paralisia cerebral em decorrência disso e teve deficiência visual, por causa da chamada Retinopatia. Estudou em escola regular incentivado pela mãe, que sempre apostou em sua inclusão escolar.

Aos 23 anos, no terceiro ano da faculdade de Direito, perdeu a visão completamente. Conseguiu se formar pela Universidade de São Paulo (USP) muito pelo apoio dos colegas, que gravavam o conteúdo dos livros e das aulas para ele estudar.

Em 1990, passou no exame escrito para juiz, mas foi reprovado por ser cego.

Em 1991, quando fez o concurso para procurador do trabalho, foi aprovado em 6º lugar numa prova disputada por 5 mil candidatos.

Além disso, fez mestrado, doutorado, publicou dezenas de artigos acadêmicos e escreveu um livro: O trabalho da pessoa com deficiência e a lapidação dos direitos humanos.

Em julho de 2009 foi nomeado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para ser desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região como representante do Ministério Público.

* Com informações do site www.bengalalegal.com

Contatos e informações Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região:

Sabrina Monteiro – Escola Judicial – (61) 3348.1271

Joelma Dias – Escola Judicial – (61) 3348.1180

Noemia Colonna – Escola Judicial – (61) 3348.1227

Fonte: Escola Judicial do TRT da 10 ª Região