O ex-senador Bernardo Cabral, Relator-Geral da Assembleia Nacional Constituinte de 1987, proferiu conferência especial aos alunos-juízes do 19º Curso de Formação Inicial (CFI), no dia 06 de outubro.
Ele foi saudado pelo Diretor da Enamat, ministro Renato Paiva, que destacou a valiosa importância e experiência do ex-senador na história do nosso país e frisou que essa experiência deve ser repassada aos novos juízes.
Estiveram presentes à conferência os ministros do TST Alexandre de Souza Agra Belmonte, Walmir Oliveira da Costa, Delaíde Alves Miranda Arantes e Maria Cristina Irigoyen Peduzzi , além de autoridades convidadas.
Bernardo Cabral, que também foi Ministro da Justiça, em 1990, e presidente do Conselho Federal da OAB, falou um pouco sobre sua historia de vida e trajetória politica, que iniciou em 1962 com o mandato de deputado estadual até virar líder da oposição, antes dos 30 anos de idade. Foi fundador do extinto MDB, partido que o elegeu deputado federal ,em 1966, até ter o seu mandato cassado pelo Ato Institucional Nº 5 ( AI-5), em 1968, cuja primeira medida foi fechar o Congresso Nacional.
O ex-senador relatou que, em 1969 , teve suspensos seus direitos políticos por 10 anos e foi interrompida a sua carreira de professor universitário.
Ao anunciar que nunca advogou na Justiça do Trabalho, apesar de 61 anos de militância, Cabral ressaltou: “nos meus 83 anos de idade posso asseverar que a justiça especializada do trabalho confirma que os valores humanos de que ela trata são irretratáveis e irrevogáveis”.
Ele defendeu a tese de que a JT se torna, a cada dia, mais importante e que precisa ser modernizada administrativamente, mas jamais extinta. “A Justiça do Trabalho é a melhor solução para as controvérsias nas relações do trabalho e ademais, nos dias atuais, existem mais de 16 milhões de ações a serem julgadas, o que comprova sua necessidade”, finalizou o ex-senador.
Ao final da conferencia, ele recebeu, das mãos do Diretor da Enamat, ministro Renato Paiva, a “Medalha Honra ao Mérito”, concedida pela Enamat a personalidades e instituições, públicas ou privadas, que tenham contribuído, com seus relevantes serviços, para a formação e o aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, de forma a valorizar institucionalmente a sua especial distinção.
Waleska Maux/Enamat
Fotos: Fellipe Sampaio/TST