Terminou hoje (29) o Curso de Formação Continuada sobre “Igualdade de oportunidades e trato no emprego e na profissão: instrumentos normativos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e sua aplicação no Brasil”, promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), em parceria com a OIT.
O curso teve duração de 14 horas aulas, com participação presencial de 69 magistrados, e com transmissão simultânea para as 24 Escolas Judiciais.
Nos dois dias de curso, foram analisadas questões como o princípio da igualdade de oportunidades e tratamento, de que trata a Convenção n° 111, da OIT, bem como os motivos de discriminação por ela reconhecidos; os modos de transmissão do HIV e a epidemia no Brasil; os instrumentos internacionais e regionais pertinentes ao HIV e à AIDS e os princípios-chave da Recomendação n° 200 da OIT.
A igualdade de gênero foi um dos assuntos abordados pelos instrutores Eric Carlson, especialista em HIV/Aids no mundo do trabalho (OIT/Chile), e Anna Torriente, especialista e consultora jurídica do Departamento OIT/AIDS (Genebra). Neste contexto, os especialistas falaram sobre a discriminação por motivos de sexo, assédio sexual, discriminação por motivos de orientação sexual, identidade de gênero, e dos grupos chaves vulneráveis e de maior risco.
Os especialistas apresentaram, também, estudos de casos de discriminação em diversos países e o modo como o judiciário tratou de cada um deles. Os magistrados participantes do curso, por sua vez, trocaram experiências vividas em seus estados, e a forma como enfrentaram os casos concretos de discriminação.
No encerramento, o diretor da Enamat, ministro João Oreste Dalazen, agradeceu o empenho de todos os participantes e exaltou a dedicação dos instrutores, reafirmando a importância da realização de intercâmbios culturais, como o que ocorreu com a OIT. Destacou, também, a relevância da capacitação contínua dos magistrados do trabalho por meio dos cursos oferecidos pela escola nacional e pelas escolas judiciais.
Assista abaixo a entrevista com a especialista da OIT, Anna Torriente.
Cláudia Valente